Antropologia e Necropolitica
- Milena Leão
- 15 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
Aí, povo, bora falar de antropologia e necropolítica? Bora!
São conceitos diferentes, mas às vezes se encontram, saca? Vou te explicar os dois pra vocês entenderem a relação.
A antropologia é a parada que estuda a humanidade por completo, desde os aspectos biológicos até as culturas. Os antropólogos querem entender as várias formas de vida humana, as paradas sociais, crenças, valores e práticas culturais. Eles analisam as interações entre as pessoas, os grupos e as sociedades, além das transformações históricas e as diversidades culturais pelo mundo.
Agora, a necropolítica é um conceito criado pelo filósofo Achille Mbembe. Essa fita envolve o poder político e a organização social em torno da morte e da violência. É sobre governar e controlar a vida das pessoas, mas também sobre decidir quem vive e quem morre, quem é importante e quem é descartável.
A necropolítica tá relacionada a práticas e políticas que promovem a morte e a destruição, tipo genocídios, limpezas étnicas, assassinatos em massa e campos de concentração. É uma violência planejada pelos governos e outros caras no poder pra manter o controle, oprimir grupos específicos e ter poder total sobre a vida e a morte.
A parada é que a antropologia pode analisar e criticar essas violações dos direitos humanos, as injustiças sociais e as formas de opressão que levam à morte e ao sofrimento. Os antropólogos estudam as condições sociais, econômicas e políticas que levam a essa necropolítica e tentam entender como essas estruturas de poder funcionam.
E tem mais: a antropologia também pode olhar pras comunidades afetadas por essa violência e ver como elas resistem, como sobrevivem e lutam por justiça e dignidade. Os antropólogos podem se juntar com essas comunidades, contar as histórias delas, entender as perspectivas e fazer uma análise crítica desses sistemas de poder que perpetuam a necropolítica.
Muitos antropólogos têm se ligado na necropolítica e mandado ver nas pesquisas. Olha só alguns exemplos de caras que mandam bem nessa parada:
1. Nancy Scheper-Hughes: Essa antropóloga médica e ativista dos EUA pega pesado na violência, genocídio e desigualdades globais na saúde. Ela estuda a necropolítica investigando práticas de morte institucionalizadas, como o tráfico de órgãos, e como isso afeta as comunidades marginalizadas.
2. Paul Farmer: Esse antropólogo médico dos EUA é conhecido pelo trabalho dele na saúde global e justiça social. Ele tem estudado a necropolítica em relação a doenças, tipo a epidemia de HIV/AIDS, e como a negligência e as desigualdades estruturais afetam o acesso à saúde em lugares marginalizados.
3. Didier Fassin: Esse antropólogo e sociólogo francês manda ver nas desigualdades sociais e raciais na saúde e na justiça. Ele estuda a necropolítica olhando crítico pras práticas de policiamento, punição e controle social, e como isso atinge certos grupos sociais de forma desproporcional.
Esses são só uns exemplos de antropólogos que tão na missão de entender a necropolítica. Tem muita gente mandando ver nesse tema, cada um com suas próprias perspectivas e abordagens. Eles tão iluminando as complexidades do poder, da violência e da morte em diferentes contextos sociais e políticos.
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