#FICHAMENTO - FORDISMO NA ERA VARGAS
- Barbie Antropóloga
- 20 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de mai. de 2020
TEXTO 3 - O esforço para organização e controle do trabalho industrial com objetivo de criação de uma massa urbana capaz de suprir as necessidades do mercado

TEXTO: Silva, Francisco Carlos Teixeira. Vargas e a questão agrária: a construção do fordismo possível. Diálogos, Maringá, v. 2, 1998. (pp. 113-127)
Objetivo do texto:
O texto visa discutir a tentativa de controle do trabalho industrial, tanto do ponto de vista social, justificando beneficiar o equilíbrio econômico.
Pontos do texto:
O esforço para organização e controle do trabalho industrial com objetivo de criação de uma massa urbana capaz de suprir as necessidades do mercado, principalmente na produção de alimentos e bens não duráveis baseado nas teorias do fordismo.
Para criação de ilhas de fordismos acreditava-se importante controlar também o social, ou seja, a vida pessoal daquele trabalhador, caracterizando um não só um projeto de gestão trabalhista, mas também de gestão de vida.
O texto faz menção ao processo de criação de “ilhas de fordismo”possuir características colonizadoras.
O objetivo era garantir o funcionamento automático da economia através de um maior consumo nacional.
Em função desta teoria, condenava-se a grande influência da política agrário exportadora.
Via-se necessário um reajuste estrutural no país para a efetiva execução desta teori: construção de ferrovias, rodovias e aparelhamento dos portos; unificar as categorias trabalhadoras, visando uma regulação salarial; incentivar a migração para espaços vazios e improdutivos; reunir diferentes núcleos demográficos;
Ação colonizadora X situação fundiária católica: a migração e o povoamento de terras vazias trará a luz a questão da desigual distribuição de terras e do poder concentrador da igreja católica.
A discussão sobre a incorporação do trabalhador rural nas novas políticas trabalhistas, sendo do entendimento de alguns teóricos que sim, houve a exclusão do trabalhador rural das novas políticas trabalhistas, ficando mais evidentes as lutas do trabalhador fabril e urbano.
A substituição das importações pelo consumo de produto interno, necessita de um trabalhador apto para o capital, sendo esta a justificativa para o modelo fordista.
O campo subordinado e dirigido pelo estado para atender as demandas de consumo urbano.
De um lado a “libertação” do trabalhador rural das amarras da plantation, do outro lado a regulação do trabalho nas fábricas.
Política Real X Política Imaginária - o homem do campo como garoto propaganda do progresso.
A ideia do trabalhador rural como agente político passivo, enquanto o trabalhador urbano ganha inclusão na nova organização econômica.
O homem no campo tomado como objeto da política governamental.
O estereótipo do homem do campo triste, deprimido, doente como base do argumento de “colonização” e “resgate”.
A tentativa de não romper com os interesses agrários oligárquicos esbarrando na modernização da agricultura.
A abertura dos sertões para ao assentamento de trabalhadores em 1932.
A exaltação do trabalho como consolidador do caráter do homem, o trabalho como missão.
O controle dos meios de comunicação e a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). O uso da comunicação para a construção de um senso moral que enaltece o trabalho como característica positiva.
A associação da imagem do malandro, do ocioso as senzalas. De um lado o malandro e do outro o trabalhador limpo, casado e produtivo como ideal comportamental.
A diferença da construção da imagem do trabalhador rural do trabalhador urbano. O trabalhador rural deve possuir características mais brutas, “pegar no pesado”, estranho, “Hercules-Quasimodo”.
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